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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

* Mulheres, cada vez mais, decidem gastos da família

Por César Menezes

O que querem as mulheres? É de olho nessa resposta, que muitas empresas e investidores estão planejando estratégias e tomando decisões

Os homens sempre comentam. Quem gasta mais é o homem ou a mulher?. "A mulher". As mulheres confirmam a fama. "A mulher é compulsiva né".

A distância entre os sexos ainda existe, mas está menor no acesso à educação, à informação, ao mercado de trabalho e, elas ganham terreno também na hora de decidir para onde vai o dinheiro da família. "Não fui eu quem comprei tudo isso foi minha mulher. Eu estou só carregando".

Tem muita gente de olho no número de sacolas que as mulheres trazem das compras e não são só os maridos. Com mais dinheiro no bolso, o consumo feminino tem sido considerado um combustível cada vez mais importante no crescimento econômico.

O Goldman Sachs, um dos mais importantes bancos de investimentos do mundo, estudou a mudança do perfil de gastos das mulheres e concluiu que vale a pena apostar no interesse delas.

No Brasil, a participação feminina no mercado de trabalho subiu de 39% para 60% em 17 anos. Diferentemente dos homens, que priorizam gastos pessoais, as consumidoras pensam no bem estar da família. Gastam mais em comida, saúde e bens duráveis - eletrodomésticos, por exemplo.

"O fato das mulheres receberem mais vai se traduzir de fato no ganho das empresas, no lucro das empresas. Então empresas que são mais voltadas para esse segmento acabam tendo, apresentando um lucro um pouco maior do que as outras e acabam performando melhor que outras empresas e sobe o preço da ação", afirma a economista, Mariana Costa.

Por isso, o consumo feminino já é apontado alvo de investimentos nos próximos anos, candidato a disputar com as commodities a atenção dos investidores no mercado de ações. Um ambiente em que elas também já se sentem confortáveis.

Há seis anos a bolsa que mais atrai a atenção da investidora, Eliane Melo, é a de valores. "A partir do momento que eu me aprofundei e fiquei apaixonada pelo mercado, comecei a me empenhar muito nos estudos, aprofundar o que eu conhecia. Hoje, fiz a minha escolha. Deixei a profissão para viver do mercado".

Quem investe ou administra de olho no longo prazo, percebe essa mudança, que na casa da empresária, Suzana Brasil e do seu Roberto, já é regra há muito tempo.

Aqui, ela decide e compra tudo. Até o carro dele. "Eu conheço ele, eu percebi que ele gostou. Daí ele falou: 'tá bom, aí você resolve lá como vai fazer para pagar", diz Suzana. "A última palavra foi minha e eu disse que estava ótimo".

Fonte: www.globo.com

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