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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

* “Acidente” de trem mobiliza profissionais


Simulação foi organizada pela ALL e pela Serra Verde Express para aprimorar o atendimento emergencia


Um trem de passageiros a 15 km/h na Serra do Mar. No ponto de acesso mais difícil, a Estação do Ma­­rumbi, o último vagão descarrila e tomba com 56 passageiros. Qua­­tro passageiros ficam inconscientes e com fraturas. Um outro é lançado do trem e cai da ponte Ipiranga I, numa cachoeira. O estado de saúde dele é gravíssimo, com fratura exposta. O resgate do passageiro, que está de 10 a 15 metros abaixo da ponte, tem de ser feito por rapel.

A situação acima foi simulada ontem pela América Latina Lo­­gís­­tica (ALL), em parceria com a Serra Verde Express. Cerca de 150 pessoas participaram, entre figurantes, representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, 20.° Batalhão do Exército e equipes do grupo Cos­­mo de resgate em montanha.

O objetivo da ação foi avaliar os procedimentos de atendimento e remoção emergencial das vítimas. Segundo a Serra Verde Express, nunca foi registrado um descarrilamento no trem de passageiros durante os 12 anos que a empresa faz o serviço na serra paranaense.

Quem participou da simulação disse que a situação parecia real. A operadora de caixa Letícia Hammes Tavares, por exemplo, foi uma das figurantes. “Saímos do trem gritando. Parecia de verdade”, conta ela, que levou a filha de 1 ano.

O maquinista Eduardo Gon­­çalves Junqueira Neto, há 23 anos na profissão, teve de manter o controle. Ele não pôde em mo­­mento algum sair do trem. A missão de Junqueira Neto era receber as informações transmitidas via rádio pelo ajudante, que verificava a situação na parte de fora, e repassá-las à central de controle operacional da ALL.

A central aciona os órgãos de resgate. O primeiro a chegar foi o Cosmo, para fazer o resgate do passageiro embaixo da ponte. Eles sabiam da simulação e o maquinista também. Já os profissionais da central de controle, que fica em Curitiba, não sabiam que se tratava de um teste. Eles acionaram os órgãos de resgate e ficaram em contato direto com o maquinista.

A central de controle chegou a acionar um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal, órgão que estava previamente avisado da simulação. O helicóptero não conseguiu pousar perto da região do “acidente” e os profissionais do centro de controle ficavam a todo momento pedindo informações ao maquinista sobre o estado de saúde das “vítimas”. Eles só souberam que se tratava de uma simulação quando a ocorrência foi encerrada.

A gerente de relações corporativas da ALL, Ivana Spir, explica que o simulado foi planejado durante três meses. O teste realizado ontem foi avaliado por uma equipe especializada, com a finalidade de aprimorar o atendimento emergencial.



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