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sexta-feira, 18 de abril de 2008

* NOTICIA - 25% dos soldados americanos voltam do Iraque com problemas psíquicos

Um em cada quatro soldados americanos sob cuidado dos sistemas de saúde estatais depois de sua volta do Iraque e do Afeganistão apresenta problemas de ordem psicológica, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.Se entre os problemas psicológicos forem incluídos, por exemplo, os casos de violência doméstica, a cifra de ex-combatentes com problemas mentais sobe para 31%.O estudo, publicado no Archives of Internal Medicine do Journal of the American Medical Association (JAMA), estabelece que mais da metade (56%) dos soldados também apresenta mais de uma doença mental.As enfermidades psíquicas entre os soldados que retornaram recentemente aos Estados Unidos ou os integrantes da Guarda Nacional são mais numerosas do que as de um estudo publicado há um ano e realizado com militares na ativa, informou à AFP Karen Seal, do Centro Médico de ex-combatentes de San Francisco e chefe da pesquisa.Somente 12% deles foram diagnosticados anteriormente com transtorno psíquico ou com problemas psico-sociais.A nova pesquisa, realizada por cientistas da Universidade da Califórnia, estudou os casos de 103.788 soldados atendidos pelo sistema de cuidados de Veteranos de Guerra, financiado pelo Governo, entre 30 de setembro de 2001 e 30 de setembro de 2005. Mais da metade deles tinha menos de 30 anos.O trabalho estabelece que os militares que correm mais riscos se encontram entre os 18 e 24 anos, mas que as enfermidades psíquicas são freqüentes em todas as categorias.Os transtornos de estresse pós-traumático são os mais freqüentemente diagnosticados (13% dos soldados), seguidos por ansiedade (6%), depressão e abuso de entorpecentes (5%).Este estudo é divulgado alguns dias depois de o presidente Bush ter desejado um "exame completo da queixas" dos soldados feridos em combate, depois de um escândalo sobre o tratamento dos militares no Walter Reed Army Medical Center, em Washington.Com mais de 860.000 queixas médicas e uma espera de mais de um ano para obter um tratamento, vários soldados que retornaram aos Estados Unidos não recebem a ajuda que necessitam, inclusive para problemas psiquiátricos, indicou Joe Davis, um porta-voz do Veterans of Foreign Wars.O diagnóstico precoce e o tratamento são cruciais caso se pretenda prevenir os problemas mentais "que ameaçam tornar a guerra aos Estados Unidos um fardo para a saúde de cada um e da coletividade", estimam os autores deste estudo.29% dos ex-combatentes tiveram acesso às estruturas de cuidados governamentais, segundo o estudo.Esses resultados também mostram "a necessidade de melhorar a prevenção dos problemas mentais ligados à função militar, em particular entre os mais jovens", acrescentaram eles.

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