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quarta-feira, 5 de março de 2008

* ARTIGO - Como Construir o Fracasso Latino-Americano

Dr. Hugo Eduardo Meza Pinto

A receita do fracasso para a nossa América Latina, não é muito complexa, mas sim bem elaborada.
Primeiramente se precisam de auto-proclamados salvadores da pátria, aqueles que dizem se sentirem enjoados da pobreza extrema na qual os povos da região se encontram. Nesse caso, colocar a culpa da nossa desgraça em nossos conquistadores é o primeiro passo. Principalmente, se se lembra uma suposta carnificina humana repleta de saqueio e estupros na qual, espanhóis e portugueses participaram.
A estratégia de jogar a culpa nos outros sempre dá certo, até no nosso cotidiano. Dizer que fomos explorados e subjugados pelo capitalismo selvagem é uma saída interessante, porque ajuda a criar um complexo de inferioridade fundamental para poder manipular massas.
Ao mesmo tempo, essa transferência de culpa, propicia a criação de uma revolta “justificada” contra o poder do capital tão grande que nos permite roubar relógios ou correntes de ouro nas ruas e sairmos impunes, já que é o capital explorador o que está sendo prejudicado.
O próximo passo é proliferar políticas públicas, ditas sociais, de mendicância. Tratando os menos favorecidos pelo critério assistencialista. Isto é necessário, porque ajuda a criar uma base de resistência que será fundamental para qualquer proposta audaciosa de perpetuação do poder dos “salvadores da pátria”.
Obviamente, que procurar o protagonismo em eventos internacionais, aproveitando os holofotes da mídia internacional é necessário. Vale xingar colegas presidentes, ou se indispor com os colonizadores da realeza, exaltar heróis terroristas e, até se indispor com aliados estratégicos. Tudo vale em prol da construção da imagem do caudilho.
Finalmente, nessa construção do fracasso, mudar as constituições dos países para garantir a perpetuação do poder é muito importante. Para isso, usa-se a base social, alimentada com as políticas assistencialistas e coloca-se a burguesia dos países em xeque. Podem ser usados plebiscitos ou até mesmo reuniões em quartéis do exercito. Tudo é possível.
Infelizmente, na nossa América Latina, essa receita de fracasso está sendo colocada em prática.
Para quem queria ver, essa região desenvolvida num futuro próximo, assistir esses acontecimentos, é uma grande frustração, porque continuaremos levando décadas para nos darmos conta de que esse fracasso foi construído por nós mesmos e não pelos OUTROS.

Se os governos liberais nos deixaram a beira do precipício, como pensa o pessoal da esquerda, com esses neo-nacionalistas estamos dando um passo à frente, em direção ao barranco.

Professor das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba e do UnicenP

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