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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pesquisadores criam sistema que alerta sobre risco de enchentes‏



Rede de sensores desenvolvida por professores da USP também serve para
mensurar nível de poluição da água

Professores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma rede
de sensores sem fio que registra os índices de poluição da água e
consegue prever a ocorrência de enchentes. O sistema é formado por um
computador principal e três sensores analógicos, que monitoram
pressão, condutividade da água e os riscos para a segurança dos
próprios aparelhos, emitindo alertas a cada cinco minutos.

O computador principal que recebe as medições da rede tem tamanho
aproximado de uma caixa de fósforos, possui várias entradas para os
sensores e funciona com baterias recarregadas por meio de painéis
solares. Como o sistema recebe muitas informações, é necessário que a
transmissão dos dados seja feita pela internet. Assim, a memória do
aparelho não fica sobrecarregada.

São três os sensores do sistema. O primeiro a ser desenvolvido foi o
sensor de pressão. Ele analisa o volume de água e é o responsável
direto pela medição das enchentes - ao medir o aumento do volume, ele
mensura também a pressão da enxurrada, o que permite um registro
preciso. O outro dos sensores é o de condutividade, que avalia a
capacidade de condução de eletricidade da amostra. Como a água pura é
má condutora de eletricidade, o sensor atesta o nível de poluição da
água. O terceiro sensor, chamado acelerômetro, é o único que fica
próximo ao computador e fora da água. Sua função é gerar um alarme no
sistema a cada cinco minutos para indicar alguma alteração nos
equipamentos.

A nova tecnologia baseia-se na rede desenvolvida, sob a coordenação do
professor Daniel Hugues, pelas universidades de Liverpool, na
Inglaterra, e a chinesa Xi’na Jiaotong. Entretanto, o sistema inglês é
direcionado exclusivamente para a previsão de enchentes em áreas
rurais. O brasileiro, por sua vez, tem potencial para revelar até o
grau de radiação da água e dá prioridade às localidades urbanas. Além
disso, há diferenças nos equipamentos. “O sistema que desenvolvemos é
mais fácil de programar, tem um software mais leve e flexível”, diz Jo
Ueyama, coordenador do estudo.

Chegada ao mercado

A rede já foi testada em laboratórios e rios de São Carlos (SP) e se
mostrou eficaz. No entanto, o projeto não está concluído, já que serão
aprimoradas outras funções. “Nosso sistema não está fechado. Queremos
monitorar, entre outras coisas, a radiação”, diz Ueyama.

Além disso, como o software apenas coleta as informações dos sensores,
os pesquisadores querem desenvolver outro que também as processe. “As
medições precisam ser relacionadas entre si para que seja revelado o
perigo de enchente”, afirma Marcos Lordello Chaim, pesquisador e
integrante do projeto. “É preciso considerar as variáveis do relevo,
entre outros aspectos. Se desenvolvermos um software que analise essas
informações, será algo mais rápido e preciso”.

As possibilidades de o sistema chegar ao mercado são grandes. O Centro
de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações e Tecnologia da
Informação (CPqD), de Campinas, está interessado em comercializar o
produto. Segundo os pesquisadores, antes das chuvas de verão, período
com maior frequência de enchentes, isso deve se concretizar.

FONTE: http://economia.ig.com.br/inovacao/pesquisadores+criam+sistema+que+alerta+sobre+risco+de+enchentes/n1237740261007.html

 

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